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O que é Insônia?

Publicado: 19/06/2009 por Elisa em Atualidades, Saúde
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Insônia é a dificuldade em iniciar ou manter o sono. Acompanha-se da sensação de sono não reparador notada na manhã seguinte. Como conseqüência, no dia seguinte apresenta fadiga, irritabilidade, cansaço, falta de energia, dificuldade de concentração  e agressividade.

A duração da insônia varia, podendo ser desde a insônia de poucos dias de duração; até a insônia de longa duração por meses ou anos (insônia biruticea).

  • Insônias transitórias – As insônias transitórias são as que duram poucas noites, são muito comuns, ubíquas. A maior parte das pessoas apresenta esta insônia em algum período de tensão, estresse, expectativa ou excitação.
  • Insônias de curta duração – As insônias de curta duração são as que duram de poucos dias até três semanas. Geralmente são causados por estresse grave ou persistente como preocupações com a saúde própria ou de familiares; luto ou perda substancial; problemas familiares, profissionais ou de relacionamento. A relação entre o estresse e a insônia é nítida.
  • Insônias de longa duração – As insônias de longa duração ou crônicas são as que duram mais de três semanas. Podem ser relacionadas a estresse continuado, depressão, abuso de álcool ou drogas e hábitos inadequados para dormir, como o excesso de café (cafeína).

O que causa a insônia?

  • Certas condições parecem tornar indivíduos mais susceptíveis à insônia. Exemplos destas condições incluem:
  • Idade avançada (insônia ocorre mais freqüentemente depois dos 60 anos).
  • Sexo feminino.
  • Histórico de depressão
  • Caso outras condições (como estresse, ansiedade, problema médico ou uso de alguns medicamentos) ocorram junto com as listadas acima, há maior probabilidade de insônia.

Há varias causas de insônia, sendo que a transiente e intermitente geralmente ocorrem em pessoas que estão temporariamente vivenciando uma ou mais das situações abaixo:

  • Estresse.
  • Ambiente barulhento.
  • Mudanças no ambiente ao redor.
  • Problemas no horário de dormir/acordar como aqueles decorrentes de “jet lag”.

Efeitos colaterais de medicamentos

Insônia crônica é mais complexa e geralmente resulta de uma combinação de fatores, incluindo os decorrentes de desordens físicas ou mentais. Uma das causas mais comuns de insônia crônica é a depressão. Outras causas incluem artrite, doença nos rins, problema no coração, asma, apnéia, narcolepsia, síndrome das pernas inquietas, mal de Parkinson e hipertiroidismo. Porém, insônia crônica pode ser devida a fatores de estilo de vida, incluindo o mal uso de cafeína, álcool e outras substâncias; estresse crônico; e ciclos quebrados de sono/despertar como por exemplo em consequência de trabalho noturno ou em turnos.

Alguns comportamentos podem perpetuar a insônia em algumas pessoa, tais como:

  • Expectativa e preocupação de ter dificuldade para dormir.
  • Ingestão de quantidade excessiva de cafeína.
  • Beber álcool antes do horário de dormir.
  • Fumar cigarro antes do horário de dormir.
  • Soneca excessiva de manhã ou de tarde.
  • Horários de dormir/acordar irregulares ou continuamente alterados. 

Esses comportamentos podem prolongar a insônia existente ou ser responsáveis pelo seu aparecimento. Interromper esses comportamentos pode eliminar a insônia.

Quem sofre de insônia?

Insônia ocorre em 20% dos adultos, homens e mulheres de todas as idades, porém parece ser mais comum no sexo feminino (especialmente depois da menopausa) e em idosos. É mais relatada em mulheres de meia idade e nos idosos.A capacidade de dormir, e não a necessidade de sono, parece diminuir com a idade.

A insônia ocorre mais em populações urbanas do que rurais. Estudos populacionais de adultos no Brasil revelaram a insônia em 32% da população de São José do Rio Preto, no estado de São Paulo, uma cidade de porte médio; avaliação semelhante em zona rural revelou insônia em 16,8%, no Município de Jaraguari, Estado do Mato Grosso do Sul.

Como a insônia é diagnosticada?

Pacientes com insônia são avaliados com a ajuda dos históricos médico e de sono. O histórico de sono pode ser obtido com um diário preenchido pelo paciente ou por entrevista com o parceiro de cama com relação à sua quantidade e qualidade de sono. Investigações especializadas do sono pode ser recomendadas, porém somente se houver suspeita de que o paciente possa ter desordens de sono primárias como narcolepsia ou apnéia do sono.

Como é o tratamento de insônia?

Insônia transiente e intermitente podem não requerer tratamento, uma vez que os episódios duram apenas alguns dias. Por exemplo, se a insônia for decorrente de mudanças de horários como conseqüência de “jet lag”, o relógio biológico da pessoa geralmente voltará ao normal por si mesmo. Porém, para algumas pessoas que vivenciam sonolência durante o dia e têm performance afetada como resultado de insônia transiente, a utilização de comprimidos para dormir de curta ação pode melhorar o sono e atenção no dia seguinte. Como todos os medicamentos, há efeitos colaterais potenciais. O uso de remédios para insônia sem prescrição médica não é recomendado.

Tratamento para insônia crônica consiste de:

  • Primeiro, diagnosticar e tratar problemas médicos ou psicológicos que possam estar ocasionando a insônia.
  • Identificar comportamentos que podem piorar a insônia e interrompê-los ou reduzi-los.

Possível uso de remédios para dormir, embora a utilização a longo prazo seja controversa. Um paciente usando qualquer remédio para dormir deve estar sob a supervisão de um médico que avaliará de perto a eficiência e minimizará os efeitos colaterais. Em geral, esses medicamentos são prescritos na dose mínima e no menor período de tempo necessário para aliviar os sintomas relacionados à falta de sono. Para alguns desses remédios, a dose deve ser gradualmente diminuída, uma vez que uma parada abrupta poderia ocasionar a volta da insônia por uma noite ou duas.

Experimentar técnicas comportamentais para melhorar o sono, como terapia de relaxamento, terapia de restrição de sono e recondicionamento.

Terapia de relaxamento. Há técnicas específicas e efetivas que podem reduzir ou eliminar a tensão corporal e ansiedade. Como resultado, a mente da pessoa é capaz de ficar quieta, os músculos podem relaxar e pode ocorrer o sono repousante. Geralmente é preciso muita prática para aprender essas técnicas e alcançar a relaxação efetiva.

Restrição de sono. Algumas pessoas sofrendo de insônia gastam muito tempo na cama tentando sem sucesso dormir. Essas pessoas podem se beneficiar de um programa de restrição de sono que primeiramente permite apenas algumas horas de sono durante a noite. Gradualmente o tempo é aumentado até que seja alcançada um noite normal de sono.

Recondicionamento. Outro tratamento que pode ajudar algumas pessoas com insônia é recondicioná-las para associar a cama e o horário de dormir com o sono. Para a maioria das pessoas, isso significa não usar sua cama para nenhuma outra atividade além de sexo e dormir. Como parte do processo de recondicionamento, a pessoa é geralmente aconselhada para ir para a cama somente quando estiver com sono. Se não for capaz de dormir, a pessoa é orientada a levantar e só voltar para a cama quando estiver com sono. A pessoa também deve evitar sonecas. Eventualmente, o corpo será condicionado a associar a cama e horário de dormir com o sono.

Hábitos que fazem a diferença

Alguns hábitos do dia-a-dia podem contribuir para aliviar a insônia e aumentar a qualidade de seu descanso. Médicos e especialistas que participaram desta reportagem ensinam como fazer a chamada higiene do sono.

  • Pior que não ter hora para dormir é não ter hora para acordar. Experimente sair da cama todas as manhãs no mesmo horário – às 7 horas, por exemplo. À noite, o sono chegará bem mais cedo, com certeza.
  • Banho morno, antes de ir para a cama, favorece o relaxamento físico e mental.
  • Depois das 6 da tarde, evite comidas pesadas, álcool e bebidas estimulantes (café, chá preto, chá mate, refrigerante). Eles dificultam a chegada e a qualidade do sono.
  • A temperatura ambiente ideal para dormir bem é entre 22 e 24º C. Frio se resolve com cobertor, mas, se é o calor que rouba seu sono, vale a pena investir em um ventilador ou ar-condicionado.
  • Prepare o clima para a chegada do sono: a partir das 8 horas da noite, ligue a câmera lenta e evite atividades estimulantes, como trabalhar, fazer ginástica intensa ou assistir filmes de ação. O sexo é uma boa prática – apesar de excitante, ajuda a relaxar.
  • Por outro lado, a atividade física durante o dia, como correr ou caminhar, aquieta a mente e cansa o corpo, facilitando o sono noturno.
  • Se você não consegue parar de pensar nos compromissos do dia seguinte mesmo quando vai para a cama, deixe papel e caneta no criado-mudo e anote o que vier à mente. Sem o receio de esquecer algo importante, você desliga a cabeça.
  • Respeite o primeiro sinal de sono e vá para cama, mesmo que seja cedo. Se você resistir, ele custará a voltar…
  • Nada de luzes fortes acesas pela casa depois das 9 ou 10 da noite. É que a melatonina, um neuro-hormônio indutor do sono, só começa a ser produzido quando escurece – e luzes fortes podem confundir esse processo biológico.
  • O óleo essencial de lavanda é calmante e relaxante. Misture cinco gotas com água, coloque em um vidro spray e borrife pelo quarto. Pode-se também pingar uma gotinha no próprio travesseiro.
  • Ler ou ver TV na cama pode chamar ou espantar o sono, conforme a pessoa. De qualquer forma, prefira leituras e programas de TV amenos, cujo tema não fique dando voltas em seu inconsciente enquanto você dorme, prejudicando a qualidade do sono.
  • A medicina indiana recomenda: leite morno polvilhado com noz-moscada e pó de cardamomo (semente aromática), tomado em pequenos goles antes de ir para a cama, é relaxante.
  • Música suave é sempre bem-vinda para relaxar a mente. Sons da natureza, como chuva, canto de pássaros e ondas do mar, são recomendados.
  • Lutar contra a insônia não compensa. Se o sono não vem, é melhor sair da cama e fazer algo relaxante (tomar chá ou banho, ler, organizar a agenda), até que ele surja.

Fonte: Copacabana Runners e Bons Fluidos

ghostface2A síndrome do pânico, também chamada de transtorno do pânico, é uma doença associada a um desequilíbrio dos neurotransmissores do cérebro, como a serotonina e a noradrenalina. A doença  caracteriza-se por ataques  repentinos, inexplicados e recorrentes de grande  ansiedade (ataques ou crises de pânico).

Estes ataques  duram poucos minutos , são autolimitados (cessam espontaneamente), mas  causam muita apreensão e medo , sendo frequentemente associados com uma sensação  de morte iminente. A doença atinge pessoas de qualquer classe social ou profissão, seja na área urbana ou rural. Em 70% dos casos a doença começa a se manifestar entre os 20 e 35 anos , em uma fase  profissionalmente muito produtiva. A ansiedade causada por uma separação durante a infância, interrupções de relacionamentos afetivos, situações estressantes de ordem pessoal e profissional, podem predispor ao aparecimento da síndrome do pânico.

Sintomas

Os principais sintomas de um ataque de pânico são: falta de ar, tonturas, palpitações (taquicardia), tremores, sudorese, sufocamento, náuseas ou desconforto no abdômem, formigamentos, ondas de calor ou calafrios, dor ou desconforto no peito, medo de morrer, de enlouquecer ou de perder o auto-controle. A ocorrência simultânea de quatro sintomas, dentre os acima  mencionados, é suficiente para estabelecer o diagnóstico da doença. É importante ressaltar, que há necessidade de que os ataques de pânico sejam recorrentes (várias vezes por semana ou até diariamente), sendo que estes ataques, podem ou não, serem acompanhados de agorafobia.

Esta última situação, a agorafobia, é o medo de estar em lugares  ou situações nas quais seja difícil sair, ou que não haja ajuda disponível na hipótese da ocorrência de um ataque de pânico. Dentre as situações mais frequentes de agorafobia, podemos mencionar aquelas em que o indivíduo está sozinho e fora de casa, numa  multidão, em locais de difícil saída (exemplo: shopping center), em uma ponte, numa viagem de ônibus, trem, automóvel ou avião. Devido aos sintomas dos ataques de pânico, muita vezes o diagnóstico acaba sendo realizado por um médico clínico, emergencista ou cardiologista, ao invés de um psicólogo ou psiquiatra.

Características de personalidade 
Os portadores de síndrome do pânico  são pessoas com tendência ao perfeccionismo, com uma autocrítica muito grande, não se permitindo falhar em nenhum aspecto. Há uma cobrança extrema quanto a execução correta de suas atividades e, de certa forma, estes indivíduos esperam a mesma atitude das outras pessoas. Apresentam-se  muitas vezes como pessoas “viciadas no trabalho”, com dificuldades para relaxar, sendo também muito centralizadores em relação as suas tarefas profissionais.

Geralmente gozam de  uma ótima  capacidade intelectual, mas denotam dificuldade nos relacionamentos afetivos. Inicialmente, os portadores da síndrome do pânico apresentam uma grande convicção que sua doença é de ordem orgânica, não aceitando o  diagnóstico de síndrome do pânico. É comum a procura de outro profissional da área médica, tal a sua desconfiança sobre a presença de uma outra doença, de ordem orgânica.

Complicações
Com a repetição dos ataques, podem surgir algumas complicações  tais como: hipocondria, fobias associadas direta  ou indiretamente com as situações nas quais ocorreu a crise, ansiedade basal, ansiedade de antecipação, agorafobia, auto depreciação, desmoralização, depressão, alcoolismo e/ ou abuso de drogas.

  • Ansiedade basal:  Caracteriza-se por tensão e dores musculares, dificuldade para relaxar (o paciente fica sempre em alerta, esperando uma nova crise), intolerância a barulho, impaciência, irritabilidade, agressividade verbal, insônia e fadiga no final do dia.
  • Ansiedade de antecipação: O paciente pode associar os ataque de pânico a certos locais onde as teve, criando um condicionamento e, dessa forma, sente-se ansioso podendo até ter novos ataques de pânico quando se confronta fisicamente com a situação.
  • Evitação fóbica: Cada vez que o paciente tenta enfrentar uma situação fica mais ansioso, chegando ao ponto de ter um ataque de pânico. Quanto mais se  evita uma situação, mais receio dela se vai adquirindo.
  • Hipocondria: É uma preocupação execessiva com a saúde física, o  que se  nota  pelo fato do indivíduo observar com mais frequência suas  funções,  em  particular a cardiovascular (pressão arterial e batimento cardíaco). O paciente começa a acreditar que deve haver algo muito sério com sua saúde física,  algo  que os  médicos  e os  exames não são capazes de detectar ou então estão estejam lhe omitindo.
  • Desenvolvimento de fobias: Fobias são situações específicas que geram ansiedade (exemplo: dirigir, lugares fechados, etc.). Estas situações podem estar associadas direta ou indiretamente com  ataques prévios de pânico. Como o ataque de pânico não escolhe lugar nem hora,  a tendência é ir ampliando  progressivamenete as  fobias ou a ter  medo  de praticamente tudo.
  • Autodepreciação e desmoralização: As limitações impostas pelo estado fóbico e ansioso comumente  levam a outras complicações, tais como sentimentos de auto depreciação e desmoralização. Há queda de qualidade de vida do paciente e da família, além do sentimento de responsabilidade pela doença e por uma hipotética falta de força de vontade para superar o problema.
  • Depressão: Os pacientes com síndrome do pânico e suas complicações  podem desenvolver depressão, a qual é reativa as limitações  fóbicas  ansiosas  impostas  à vida do indivíduo. Essa  depressão é secundária e ela  desaparece quando o paciente melhora do pânico .

Gravidade
A gravidade da síndrome do pânico  pode ser avaliada através do grau de evitamento agorafóbico e pela gravidade dos ataques de pânico em si :

  • Grau do evitamento agorafóbico: Pode ser leve (existe algum evitamento, mas o estilo de vida é relativamente  normal, conseguindo viajar desacompanhado  quando necessário, tal  como a trabalho ou para lazer), moderado (resulta  num estilo de vida  restrito,  pois a pessoa é capaz de deixar a sua casa sozinha, no entanto, somente consegue percorrer alguns quilômetros desacompanhada)  ou grave (por evitamento  resulta em estar  parcial ou completamente restrita a sua casa , sendo  incapaz de sair desacompanhada) .  
  • Gravidade dos ataques de pânico: Podem ser leves (durante o último mês  não houve mais do que uma ataque de pânico), moderados (durante o último mês os ataques  foram  intermediários entre ataques leves e graves) ou graves (durante o último mês houveram pelo menos oito ataques de pânico) .

Conseqüências
As conseqüências da síndrome do pânico afetam três áreas : 

  • Econômica: Ocorrem gastos  excessivos e desnecessários  com  médicos, exames e internações. Outro  prejuízo  econômico são as faltas comuns ao trabalho. Não é raro pacientes com síndrome do pânico serem afastados temporariamente ou definitivamente de seu trabalho.
  • Social: O paciente se restringe  ao  convívio apenas familiar, recusando os convites sociais. Como consequência, os amigos vão se  afastando  em virtude das dificuldades de relacionamento que o paciente vai  adquirindo com a ocorrência sucessiva dos ataques de pânico. É comum estes ataques ocorrerem em  reuniões sociais e situações festivas, como aniversários e casamentos. 
  • Familiar: Após várias consultas médicas e exames  mostrando que o paciente não tem aparentemente nada, os familiares acham que tudo não passa de fraqueza ou falta de força  de vontade para superar a doença. Como muitas vezes o paciente com síndrome do pânico só sai ou faz algo acompanhado, este fato pode afetar a liberdade da pessoa de quem depende,  trazendo aborrecimentos e gerando dificuldades de relacionamento conjugal ou com a família.

Tratamento
O tratamento da síndrome do pânico  deve ser realizado com psicoterapia e o uso de medicamentos.

  • Psicoterapia: Quando  explicarmos ao paciente com síndrome do pânico a origem e as características da doença , reforçando o fato de tratar-se de uma condição psiquiátrica e não de origem orgânica, geralmente obtemos um resultado postivo em relação aos sintomas. Um aspecto importante é estar disponível para conversar com o paciente por telefone em situações de um ataque  de pânico iminente ou na vigência deste. Alguns pacientes necessitam de uma psicoterapia mais intensiva visando reduzir as limitações imposta pela doença , como por exemplo, o evitamento fóbico .
  • Medicamentos: Pacientes com síndrome do pânico deverão tomar antidepressivos (medicamentos que ajudam a reestabelecer o equilíbrio dos neurotransmissores cerebrais), por um período mínimo de um ano. A escolha do antidepressivo baseia-se nas características individuais de cada paciente, no entanto, existem antidepressivos mais amplamente estudados e utilizados no tratamento da síndrome do pânico. O uso de tranquilizantes, chamados de benzodiazepínicos, também fazem parte do tratamento. Estes medicamentos podem ser usados durante a iminência de um ataque de pânico ou na vigência deste, no entanto, com a ação dos antidepressivos ao longo do tempo, este medicamentos costumam ser descontinuados.

Fonte: Portal do Coração

Os números são alarmantes desde meados de março, a gripe suína já fez várias vítimas.  A Organização Mundial de Saúde disse nesta segunda-feira, 4 de maio, que já foram confirmados 1.025 casos de gripe suína em 20 países e 26 mortes. A OMS ressaltou que os governos mundiais não devem baixar a guarda em resposta ao surto.

“Se a situação permanecer como está, a OMS não pretende elevar o alerta para o nível 6”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. O nível 6, último da escala, significa que o mundo já atravessa uma pandemia.

A chefe da OMS, Margaret Chan, disse que “não há indicação de que atravessamos uma situação similar à 1918”, referindo-se à gripe espanhola, responsabilizada pela morte de dezenas de milhões de pessoas.

O México, país onde surgiram os primeiros casos da doença e o mais afetado, confirmou 26 mortes causadas pelo vírus e 701 pessoas foram infectadas. Portugal confirmou, nesta segunda-feira, seu primeiro caso da doença, mas ainda não entrou na lista dos países infectados da OMS. A Suíça decidiu isolar 250 recrutas de um acampamento do Exército após dois deles se tornarem suspeitos de ter contraído a doença. Até o momento, o país confirmou nenhum caso da gripe suína.

Os Estados Unidos, segundo país mais atingido, confirmou que 286 pessoas foram infectadas, a grande maioria considerada casos leves. Já foram registrados casos em mais da metade (36) dos 50 Estados do país.

O Brasil é um dos vários países que monitora casos suspeitos, mas até agora não teve casos confirmados. O Ministério da Saúde disse que suspeita que 15 pacientes podem ter contraído a gripe, 44 pessoas estão sendo monitoradas e outros 43 casos foram examinados e descartados.

O que é gripe suína ou tipo A?

A gripe suína ou nova gripe é uma doença causada por uma variante do vírus influenza A H1N1. O vírus pode ser transmitido através de contato com animais e objetos contaminados, mas não pelo fato de ser consumida, tanto que muitas pessoas em uma forma errada de se evitar a gripe, pararam de comer carne de porco. Uma nova variante do vírus pode ser transmitida entre humanos e é considerada epidêmica no México. O governo mexicano anunciou 150 mortes confirmadas causadas pelo H1N1 e 1600 casos suspeitos.

A gripe suína é uma doença respiratória de porcos causada por um vírus influenza tipo A que causa regularmente crises de gripe em porcos. Ocasionalmente, o vírus vence a barreira entre espécies e afeta humanos. O vírus da gripe suína clássico foi isolado pela primeira vez num porco em 1930. Normalmente, esses vírus não infectam humanos. Entretanto, vez por outra, mutações no vírus permitem que eles contaminem pessoas. Na maioria das vezes, os contágios acontecem quando há contato direto de humanos com porcos. Mas também já houve casos em que, após a transmissão inicial do porco para o homem, a partir dali o vírus passou a circular de pessoa para pessoa. Foi o caso de uma série de casos ocorridas em Wisconsin, EUA, em 1988. Nesses casos, a transmissão ocorre como a gripe tradicional, pela tosse ou pelo espirro de pessoas infectadas.

Como todos os vírus de gripe, os suínos também mudam constantemente. Os porcos podem ser infectados por vírus de gripe aviária e humana. Quando todos contaminam o mesmo porco, pode haver mistura genética e novos vírus que são uma mistura de suíno, humano e aviário podem aparecer. No momento, há quatro classes principais de vírus de gripe suína do tipo A são H1N1, H1N2, H3N2 e H3N1. A que está causando mortes é uma versão nova do H1N1.

Sintomas

São o aparecimento repentino de febre, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação nos olhos, fluxo nasal, cansaço, fadiga, e ainda sintomas característicos como diarreia ou vómitos.

Assim como qualquer tipo de gripe, pode matar, em especial pessoas com sistema imune (de defesa do organismo) enfraquecido. A gripe suína parece ser capaz de afetar gravemente pessoas com sistema imune mais forte, e seu mecanismo de ação ainda precisa ser estudado em detalhes. No entanto, o principal risco associado à doença é uma inflamação severa dos pulmões, que pode levar à insuficiência respiratória, ou seja, incapacidade de respirar direito. Outras complicações sérias têm a ver com lesões severas nos músculos, que podem levar a problemas nos rins e no coração, e mesmo, mais raramente, meningites e outros problemas no sistema nervoso central. Em todos esses casos, pode ocorrer a morte. 

Contaminação

A contaminação se dá da mesma forma que a gripe comum, por via aérea, contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com objetos contaminados. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Cozinhar a carne de porco a 70 graus Celsius destrói o vírus da gripe suína. Não foram identificados animais (porcos) doentes no local da epidemia (México). Trata-se, possivelmente, de um vírus mutante, com material genético das gripes humana, aviária e suína.

Tratamento

De acordo com a OMS, o medicamento antiviral oseltamivir, em testes iniciais mostrou-se efetivo contra o vírus H1N1.

Como prevenir

O CDC (Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA) fez algumas recomendações para evitar a doença.

  • Cubra seu nariz e boca com um lenço quando tossir ou espirrar. Jogue no lixo o lenço após o uso.
  • Lave suas mãos constantemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar. Produtos à base de álcool para limpar as mãos também são efetivos.
  • Evite tocar seus olhos, nariz ou boca. Os germes se espalham deste modo.
  • Evite contato próximo com pessoas doentes.
  • Se você ficar doente, fique em casa e limite o contato com outros, para evitar infectá-los.

(*) Estádios de transmissão

O termo “pandemia” se refere a uma epidemia de proporções globais, no qual há surtos de uma dada doença de forma “sustentável” (ou seja, sem interrupção da cadeia de transmissão no horizonte) em vários países e em mais de um continente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) usa uma escala de seis fases para caracterizar a transmissão dos vírus influenza (da gripe) pelo planeta.

  • Na fase 1, a transmissão só ocorre entre animais.
  • A fase 2 se caracteriza pelos primeiros relatos de transmissão do vírus de animais para seres humanos.
  • Pequenos grupos de casos entre humanos definem a fase 3. Nela, no entanto, a transmissão de pessoa para pessoa ainda não é eficiente no grau necessário para que a comunidade inteira onde vivem os infectados esteja em risco. 
  • Agora estamos na fase 4, na qual a dinâmica da infecção é sustentável o suficiente para causar surtos afetando comunidades inteiras. O risco de pandemia é grande, mas não 100% certo.
  • A fase 5 corresponde à transmissão de pessoa para pessoa em mais de um país, indicando uma pandemia iminente.
  • Finalmente, na fase 6, a pandemia está caracterizada.

Fontes: BBC Brasil, G1, Wikipédia e jornais