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No dicionário, o labirinto significa caminhos cruzados de onde é difícil sair.

O inglês tem dois termos para o nosso labirinto: labyrinth e maze, sendo que o segundo também significa dúvida, perplexidade, confusão. Desta maneira, maze passou a ser o tipo de labirinto com múltiplos caminhos possíveis, alguns dos quais levado a passagens sem saída ou a saídas inesperadas, desviando a pessoa do objetivo que é chegar ao centro. Por outro lado, o labyrinth apresenta apenas um caminho para o centro e seu objetivo não é criar dúvidas, confusão ou um enigma a ser resolvido. É exatamente esse tipo de labirinto que vem sendo estudado e redescoberto nos últimos anos, utilizado como forma de favorecer um desenvolvimento espiritual.

De toda forma, um labirinto é constituído por um conjunto de percursos intrincados criados com a intenção de desorientar quem os percorre. Podem ser construções tridimensionais (como o lendário labirinto de Creta, ou um conjunto de sebes plantadas de forma a proporcionar entretenimento num jardim), desenhos (como os labirintos que aparecem nos jornais como passatempo), etc.

Os labirintos são fascinantes para os autores. Jorge Luis Borges, por exemplo, desenvolveu o assunto em diversos contos e ensaios. No cinema, encontram-se labirintos nos filmes: O Iluminado, Labirinto, Labirinto de Fauno, entre outros.

O encontro do labirinto é considerado pelos gnósticos como um símbolo de iniciação. Em seu percurso haveria um centro espiritual oculto, uma dissipação de trevas pela luz e o renascimento pessoal. Nesse sentido, a superação seria encontro da verdade ou opus.

Em todas as culturas, o labirinto tem o simbolismo de representação confusa da consciência matriarcal, do inconsciente e este universo só pode ser transposto por aqueles que encontram-se preparados para fazer uma jornada ao universo do inconsciente coletivo. Seu acesso portanto, só é viável ao iniciado que conhece de forma antecipada os planos, uma vez que o seu centro é reservado à ele. O labirinto conduz o homem ao seu próprio centro interior.

Para os esotéricos, o labirinto significa o nascimento e a morte, tendo como seu maior significado a purificação para o sagrado.

O Labirinto na história
Para alguns estudiosos, o labirinto é um símbolo universal, talvez gravado na memória coletiva do ser humano, atingindo a todos, independente da raça e cultura. Tem sido utilizado em rituais de fertilidade e ritos fúnebres, ou como modelo decorativo para jardins e jogos populares. Também é conhecida sua função como espécie de talismã ou amuleto.

Diz-se que na Escandinávia os pescadores costumavam percorrer labirintos acreditando que, com isso, poderiam controlar ou obter condições climáticas favoráveis. Em outras regiões do planeta eles foram usados para proteger habitações e pessoas da influência de espíritos malignos. Segundo alguns estudiosos do tema, porém, tais empregos do labirinto não passam de deturpações do sentido original.

Os labirintos figuram entre os símbolos mais antigos da humanidade, e há milhares de anos são utilizados em diferentes culturas do planeta. Na verdade, um dos mais antigos, ou o mais antigo labirinto conhecido data de 3.400 anos a.C., tendo sido encontrado no túmulo do rei egípcio Perabsen. Talvez o labirinto mais conhecido no mundo seja aquele construído por Dédalo em Cnossos (em português, Dédalo é sinônimo de labirinto), a mando do rei Minos de Creta para conter o Minotauro — um monstro com cabeça de touro e corpo de homem, fruto do amor da rainha pelo touro sagrado —, ao qual eram sacrificados anualmente sete rapazes e sete moças, e que foi morto por Teseu.

O maior labirinto de que se tem notícia foi construído no subterrâneo da Catedral de Chartres, na França, tendo acima, o altar da igreja. O labirinto era chamado de “Caminho de Jerusalém”, pois os peregrinos judeus, – impedidos de irem à Cidade Santa -, substituíam essa viagem por uma jornada feita de joelhos pelo labirinto próximo a igreja. A superstição em torno dele era muito forte e permanece até os dias atuais.

Na Índia, por exemplo, quando uma criança está prestes a nascer, os pais desenham em um papel um labirinto com 11 voltas, para que tudo corra bem.

Para os Vikings, o símbolo da espiral era uma forma de designar as forças de Thor, o deus da justiça. Os cristãos dos primeiros séculos, viam o labirinto como a representação da Via Crucis de Jesus em Jerusalém.

Todo labirinto deve ter 11 voltas. O número 10 representa a divindade e o 11, a força, que por sua vez, representa a compreensão da espiritualidade. O labirinto pode ser substituído pelo desenho de uma espiral -, que representa libertar algo preso do passado, facilitando o contato com o seu inconsciente, liberando traumas, e até mesmo a possibilidade de visualizar cenas de uma vida regressa.

Fontes: Wikipedia, O Esotérico

Origem: Hinduismo

Etimologia: AUM

Significado: ॐ Essa sílaba única, Om, vem dos Vedas. Como uma palavra sânscrita, significa avati raksati – aquilo que lhe protege, lhe abençoa.”aquilo que protege, sustenta”. É considerado o som mais próximo da palavra divina, e a origem de todas as demais. Segundo o Mandukya Upanishad, OM é aquele que existiu e existirá sempre. 

A sílaba OM é considerada por várias escolas, mestres e tradições o som primordial do Universo. Assim, pode-se afirmar que OM é o princípio, meio e fim. É a totalidade. É chamado na Índia por mátriká mantra, o som matriz matriarcal que tudo originou. Nos Vedas, é definido como “aquele que tudo inclui, a origem e o fim do Unverso”.

Portanto, Nele o universo se cria, se conserva e se dissolve. É o som-semente que desenvolve o centro de força da “Terceira Visão”, responsável pela intuição, meditação e pelos fenômenos da telepatia e clarividência.

É o primeiro dos símbolos sagrados na Índia que possui a força de ser a descrição visual do som cósmico, do qual toda a matéria e o espaço são originados. No seu som monossilábico, contém Brahman ou o universo inteiro em sua energia. O universo inteiro significa não somente o universo físico, mas também a experiência dele. Deste modo, o OM é fundamental na cultura Hindu, e seu símbolo é a primeira figura que toda a criança deve desenhar no início de sua educação.

tibetan-om-small1Ele é, também, a primeira evocação que é cantada para evocar os deuses numa oração. Seu motivo pode ser visto em pórticos, portões, templos, livros em geral, textos religiosos, em berços de recém nascidos e em roupas cerimoniais, numa grande variedade de cores e com muitos tipos de enfeites.

OM é a contração da palavra SOHAM e é, assim, o Som Primordial, o sopro vital, o som de vida. Ele equilibra o Ser dando-lhe todo o seu poder estabelecendo a harmonia entre os diversos veículos do homem integral nas suas três divisões fundamentais (corpo, mente e espírito). Por outro lado, sendo o som mais puro que existe, ele regenera o homem a todos os níveis e situa-o no plano divino. OM é, por excelência, o som universal de meditação, aquele que dá progressivamente acesso às mais altas realizações espirituais.

Dentro do símbolo há os cinco elementos do Universo – terra, fogo, ar, água e éter. Confome o mestre hindu Pranavopanishad, o A é nirman (criação de tudo), é Brahma, o criador e a Terra. U é shiti (conservação do Universo), é Vishnu, o preservador. O espaço M é Pralaya (transformação do Universo), é Shiva, o dstruidor e a iluminação. Observe que na existência tudo é regido por estas três energias: criação, preservação e destruição.

Finalizando, para Jung o OM significa é “o som que a natureza faz quando está em harmonia consigo mesma”.

Fontes: Symbolom, Paula Soveral e Livro ” Joseph Campbell Vida e Obra”.