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Cigarro, álcool, remédios para dormir e para depressão. São drogas permitidas e aceitas social e lícitas, mas que podem trazer mais prejuízos à saúde do que o uso de substâncias consideradas “proibidas”, como maconha e cocaína. O relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta a mudança de hábitos aparentemente corriqueiros que podem ser perigosos, principalmente no caso de pessoas soropositivas e em terapia anti-retroviral.

Ter uma vida mais saudável pode garantir a qualidade de vida e evitar doenças. Fumar aumenta a probabilidade de acidente cardiovascular e infarto entre os portadores do HIV, sobretudo dos que tomam antiretrovirais, pois estes medicamentos tendem a elevar os níveis de gordura no sangue. O cigarro é responsável por 90% dos casos de câncer no pulmão e fator agravante em outros tipos da doença. Uma pesquisa realizada na Creighton University School of Medicine, nos Estados Unidos, chama a atenção para a interação entre fumo e álcool. Segundo o estudo, a combinação aumenta as chances de contrair pneumonia, doença que pode provocar a morte de muitos portadores do HIV.

Excesso de álcool deve ser evitado
As interações entre anti-retrovirais e as chamadas “drogas recreativas” preocupam Márcia Rachid, médica da assessoria de DST/Aids da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro. Em artigo publicado na revista “Prática Hospitalar” – em parceria com o médico Mauro Schechter -, a infectologista alerta que muitas drogas podem modificar o metabolismo dos anti-retrovirais no fígado. “O uso crônico do álcool pode reduzir as concentrações séricas de inibidores da protease e de não-análogos de nucleosídeos, possibilitando o desenvolvimento de resistência do HIV aos medicamentos”, informa a médica, lembrando que o alcoolismo está relacionado a um maior risco de dano ao fígado, o que pode acelerar a hepatoxicidade dos anti-retrovirais. As pessoas que usam didanosina e abusam das bebidas alcoólicas ainda correm o risco de apresentar pancreatite (inflamação no pâncreas). O álcool também interfere na função do abacavir.

De acordo o infectologista Estevão Portela, as chances de um paciente que faz uso freqüente de álcool esquecer de tomar seus medicamentos e comprometer a eficácia do tratamento contra a aids é grande. Entretanto,o uso ocasional do álcool não causa maiores problemas. Para aqueles que, por querer beber no fim de semana, por exemplo, julgam melhor não tomar seus medicamentos, Portela aconselha: “É errado o raciocínio: já que bebi, é melhor não tomar o remédio. O importante é não exagerar, não perder o controle da situação”, diz o médico. “O medicamento deve ser tomado e o uso do álcool precisa ser controlado”, completa.

Cuidados com o uso de sedativos e antidepressivos
Medicamentos para dormir ou contra a depressão podem interagir com os antiretrovirais, aumentando os efeitos tóxicos ou mesmo alterando o metabolismo no fígado. Dependendo da dose utilizada, eles podem até ser fatais quando associados aos inibidores da protease, especialmente o ritonavir. Lembre-se: sedativos e antidepressivos só devem ser usados com orientação médica. SV O alcoolismo está relacionado a um maior risco de dano ao fígado, o que pode acelerar a hepatoxicidade dos anti-retrovirais.

Fonte: Saber Viver

18439Na capital paulista, em 2008, falar ao celular na direção foi o quarto tipo de infração mais comum e o segundo que mais cresceu. Foram 373.455 infrações e um aumento de 47,48%. A primeira foi ultrapassar no sinal vermelho. Atualmente tal infração representa 4 pontos na CNH e uma multa de R$ 85,13. Mas, se depender do governo federal, o motorista pego falando ao celular perderá 7 pontos (falta gravíssima) e terá que desembolsar RS 315. A proposta está sendo avaliada pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara.

Especialistas da área estão divididos. O presidente do Centro de Psicologia Aplicada no Trânsito, Salomão Rabinovich acredita que a penalidade mais dura é necessária. “Qualquer dispositivo no volante tira a atenção, isso é comprovado desde os tempos do walkman”.

O consultor e ex-secretário municipal de Transportes de  São Paulo, Getúlio Hanashiro, acha a medida exagerada. “Eu colocaria como gravíssimo infrações que podem causar sérios danos a terceiros, como excesso de velocidade”, diz.

Pesquisa mostra os riscos

5574_1221845177Uma pesquisa realizada no Reino Unido, patrocinada pela seguradora britânica Direct Line, reuniu 20 voluntários que fizeram testes em carros simuladores. Os resultados demonstraram que aqueles que usam telefone ao volante estão mais sujeitos a acidentes do que os que bebem antes de dirigir, dependendo o nível alcoólico. A reação de quem usa celular é 50% mais lenta do que um motorista atendo e 30% mais lenta do que quem bebeu.

Um estudo elaborado em Utah, Estados Unidos confirmou esses dados. Os motoristas ao celular têm 5,36 vezes mais chance de se envolver em um acidente do que um atento. Falar ao celular, mesmo em equipamentos que dispensem o uso das mãos também é perigoso, pois a atenção fica dividida. “Falar ao telefone com um kit handsfree’ na direção multiplica por quatro o risco de acidentes”, resumiu David Strayer, professor de psicologia da universidade, que realizou um estudo medindo a atividade cerebral.

Segundo o cientista, o cérebro trata das informações sobre o trânsito e a direção só com 50% de sua capacidade quando a pessoa está falando ao telefone. Dezesseis casais foram convidados a pegar o volante de um simulador automotivo em uma estrada, enquanto conversavam pelo telefone. Eletrodos mediram a atividade cerebral e os movimentos dos olhos, explicou o cientista

Outras mudanças

Outras alterações previstas são o majoração dos valores das multas; os motoristas de ônibus e caminhões não poderão dirigir mais que quatro horas seguidas;  os motociclistas não poderão ultrapassar entre veículos adjacentes, ou entre a calçada e os veículos, exceto se o trânsito estiver parado; em caso de suspensão do direito de dirigir, a CNH deverá ser devolvida ao motorista após cumprida a penalidade;  se a velocidade for acima de 50 km/h do permitido por duas vezes em um ano, o motorista deverá prestar serviços comunitários entre 6 meses a dois anos; a multa penal por condenação no trânsitos será calculada com base no valor do veículo envolvido.

Fonte: Expansão São Paulo e O Estado de S. Paulo