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planeta_terraA ONG World Wildlife Fund acaba de divulgar um relatório alarmante sobre as condições do consumo dos recursos naturais pelo homem. Apesar da abundância das riquezas naturais, a organização alerta que a humanidade supera em 30% da capacidade do planeta em recuperá-los.

Nos últimos 45 anos, a demanda de recursos naturais dobrou. A exploração abusiva do planeta tem provocado vários problemas: a cada ano desaparece uma área de floresta equivalente a duas vezes o território da Holanda; três espécies animais (foca-monge-do caribe, sapo dourado panamenho e rinoceronte-negro) desapareceram nos últimos dois anos.

Outros dados da exploração do planeta:

Água Doce – Só 1% é apropriada para o consumo. Hoje se consome 50% da água disponível. Em 40 anos se consumirá 80%. Só que 50% dos rios do mundo estão poluídos.

Terras Cultiváveis – Dos 15 bilhões de hectares da terra do planeta, só 12% são cultiváveis. As demais são cidades, pastos, desertos, zonas montanhosas e geleiras. Nas últimas três décadas dobrou as terras atingidas pelas secas severas, por conta do aquecimento global. Sem água, terras cultiváveis, peixes estamos a beira do colapso.

Peixes – Há 200 espécies de peixes comercializáveis. Desses 120 são exploradas além do nível sustentável. Dessa forma, em 2050, o volume do pescado disponível terá diminuído 90%.

Oceanos – Estima-se que 40% do mares estejam degradados pelo homem. Nos últimos 500 anos, as zonas mortas nos oceanos aumentaram na proporção de três para 150. Das 1.400 espécies de coral conhecidas, há dez anos treze estavam ameaçadas de extinção, hoje são 231.

Atmosfera – Desde 1961, a quantidade de CO2 despejada na atmosfera cresceu duas vezes.

O relatório alerta também é possível evitar um colapso, mas o grande desafio é conciliar o desenvolvimento dos países com a preservação de recursos. Segundo especialistas são necessárias soluções tecnológicas e políticas. É necessária a adoção de hábitos sustentáveis, evitando que se utilizem mais recursos do que a natureza é capaz de repor.

(Baseado em matéria da Veja – 5 de novembro de 2008)