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Medo

Publicado: 25/03/2010 por Elisa em Atualidades, Psicologia & Comportamento
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:: Por Paulo Ricardo Mubarack  ::

O medo, na dose adequada, é bom. Faz as pessoas prepararem-se melhor porque elas temem algo ou alguém. Quem não tem medo, não tem responsabilidade e não se prepara da melhor forma possível. Uma frase atribuída a Bernardinho é muito clara: “Sabem por que eu ganho tanto? Porque tenho medo de perder e preparo minha equipe para evitar o fracasso. Medo é causa da PREPARAÇÃO, que é um dos requisitos mais importantes para a VITÓRIA.
Não há qualquer tipo de vergonha em se ter medo. Entretanto, não se pode ficar paralisado diante do medo da derrota. Os vitoriosos experimentam, normalmente, a vitória, o fracasso e a preparação. Os perdedores apenas têm medo. Conte seus mais secretos e aterrorizantes medos para seus filhos e para seus subordinados mais diretos. Conte como você superou estes medos. Conte como, muitas vezes, estes medos eram descabidos e você estava perdendo tempo. Eles adorarão saber que podem superar seus próprios medos tanto quanto você. O medo pode ser didático e motivador. Um pouquinho de medo não faz mal a ninguém.

Burros são valentões. Afirmam não ter medo do chefe nem da empresa. Afirmam não ter medo de perder o emprego. Muitas bravatas e pouco juízo.

Você já suou frio diante da diretoria ao apresentar um projeto? Você já sentiu as pernas tremerem diante do Conselho de sua empresa? Você não dormiu no dia anterior a uma reunião muito importante? Você já sentiu um arrepio na coluna vertebral quando seu diretor ligou no final de semana? Você já estremeceu na frente de um cliente mal atendido? Parabéns, você tem o primeiro requisito para o sucesso: você tem medo de fazer mal as coisas ou de perder um negócio. Atenção: ter medo não significa ser inseguro, pelo contrário. Pessoas que são seguras e que conhecem muito bem o terreno onde estão pisando são aquelas que mais medo têm porque sabem perfeitamente os riscos que correm. Na direção oposta, estão os que não sabem nada ou são irresponsáveis ao ponto de não terem medo… O comportamento característico destas “eternas vítimas” é a displicência. Coragem, fundamentalmente, não é ausência do medo, mas é, sobretudo, O MEDO VENCIDO.

Este “medo bom” do qual falo faz pessoas e gestores se prepararem incessantemente, trabalharem mais, serem mais humildes, respeitarem mais e terem mais disciplina. O medo bom traz longevidade e qualidade de vida.
Frequentemente vejo profissionais em todos os níveis nas empresas cometerem gestos tão absurdos (mentir, maltratar o cliente, abusar da confiança do chefe etc.) que me dá vontade de perguntar: “você não tem medo?”. Sei que alguém pode estar argumentando que uma empresa deve construir um ambiente onde o medo esteja extinto. Pura e boba poesia! Na vida real do business o medo é essencial. Repito que não falo do medo covarde ou do medo paralisante. Falo do medo que instiga à PREPARAÇÃO, ao trabalho e ao estudo. Falo do medo que nos leva ao sacrifício. Alguns filósofos e poetas “pouca prática” se referem ao medo como um sentimento ruim. Não preste atenção neles. O medo bom nos impulsiona para a vitória.
 
 :: Paulo Ricardo Mubarack é presidente da Mubarack Consulting & Business School

Por Karin Sato – InfoMoney

Foto do Blog Manas Aluanas

Foto do Blog Manas Aluanas

Engana-se quem pensa que sentimentos como inveja, medo ou ansiedade são de todo negativos. À primeira vista, eles não têm utilidade alguma, é verdade, sendo rapidamente associados ao fracasso, mas saiba que eles podem tanto prejudicar quanto ajudar.

Na opinião do psicólogo e consultor organizacional Rogerio Martins, da Persona Consultoria e Eventos, insegurança, medo, raiva, ansiedade, inveja e outros sentimentos tidos como negativos podem prejudicar não somente a carreira como também a vida pessoal. Entretanto, há momentos em que eles são úteis.

“Todos os sentimentos podem ser vistos e aplicados de forma positiva. Por exemplo, é importante ter medo em determinadas situações nas quais o profissional poderá ser prejudicado, bem como prejudicar a empresa. A capacidade de assumir riscos é valorizada no meio empresarial, mas há momentos em que o medo pode ajudar a ter uma visão mais consciente dos verdadeiros riscos. Porém, quando o medo é um fator limitante, evitando que a pessoa tome decisões, ele se torna nocivo”, explica.

Analisando os sentimentos
O mesmo acontece com a ansiedade. Trata-se de algo que sentimos que pode ser visto como positivo quando analisado sob o seguinte prisma: é uma inquietação que nos impulsiona a fazer algo, podendo ser o ponto de partida para uma ação. Mas é negativo quando a pessoa fica somente pensando, pensando e não faz nada.
Já a inveja é ruim. No entanto, sua variável – a admiração – pode ser um motor para o aperfeiçoamento. A inveja não acrescenta, pois deriva, muitas vezes, do desdém, mas admirar uma pessoa bem-sucedida e buscar seguir seu exemplo são atitudes importantes para crescer na carreira.

“Costumo utilizar a expressão benchmarking de pessoas para me referir ao conhecimento dos fatores positivos dos demais para o próprio aprendizado e desenvolvimento. Quando sabemos mais a respeito das pessoas que admiramos, temos condições de agir de modo semelhante”, diz Martins.

Transformando-os em positivos
Conclusão: há sentimentos tidos como negativos que podem ser trabalhados positivamente, mas, para que isso ocorra, é fundamental ter consciência de seus sentimentos e usá-los a favor do crescimento pessoal e profissional.
“Aquele que conhece mais de si mesmo tem mais oportunidades de obter uma carreira de sucesso. Identificar os sentimentos positivos e negativos é o primeiro passo. Para começar, faça uma lista com os sentimentos mais frequentes do dia-a-dia. Depois, escreva as situações onde eles ocorrem. Posteriormente, avalie: como gostaria de agir nesta situação? O que poderia fazer diferente?”, recomenda o psicólogo.

Segundo ele, com esse “mapa” em mãos, deve-se começar a agir conscientemente. “Quando um sentimento negativo surgir, ficará mais fácil agir de modo positivo, visto que você já sabe como ele surge e o que provoca em você. A mudança só depende de cada um. Transformar pensamentos e atitudes negativas em positivas passa pela informação e depois pela mudança de ação”, conclui o consultor organizacional.