
A fome oculta afeta o crescimento físico e cognitivo da criança, assim como o seu sistema imunológico durante os primeiros anos de formação. Anemia e carência de vitamina A afetam milhões de brasileiros, quase a metade da população de crianças e mulheres grávidas. Dados da Organização Mundial da Saúde revelam que, no mundo, ela afeta uma em cada quatro pessoas.
Gula pode ser um sinal do corpo alertando para a falta de nutrientes.Até mesmo uma dieta adequada em calorias, proteínas e carboidratos pode ter sérias deficiências de vitaminas e minerais. Países desenvolvidos têm combatido a fome oculta desde a década de 40, erradicando com sucesso muitas doenças na América do Norte e na Europa.
Embora o Brasil registre melhorias nos índices sociais, a fome oculta ainda afeta 40% das crianças brasileiras. As deficiências em minerais e vitaminas essenciais possuem efeitos desastrosos na saúde e economia do Brasil e de outras nações ao redor do mundo.
Segundo a nutricionista Alessandra Rocha Lopes, em entrevista ao CyberDiet, entre os fatores causadores da Síndrome da Fome Oculta, soma-se à alimentação deficiente em nutrientes o estresse diário e o consumo de álcool, cigarro e outras drogas. Quem sofre de doenças crônicas, está com a saúde debilitada ou passou por tratamento cirúrgico acaba por não absorver devidamente os sais minerais e vitaminas dos quais precisa e termina desenvolvendo a síndrome.
Outros sintomas como dores musculares, cãibras, cansaço intenso, fraqueza, palpitações e irritabilidade também podem indicar a presença da Síndrome da Fome Oculta, sendo que a falta de vitaminas pode provocar sangramento vaginal, pele opaca, ressecamento das mucosas, queda de cabelo, flacidez, unhas manchadas e quebradiças, entre outros sinais. “A fome oculta também pode ser diagnosticada através de exames clínicos e de sangue, pois permitem a detecção de deficiências específicas de micronutrientes essenciais como a vitamina A, B e ferro”, segundo Eric Cohen.
Fonte: Paula Furlan – Consumidor Moderno