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Caiu vertiginosamente a população do tigre siberiano(Panthera tigris altaica) ou Tigre de Amur.  Atualmente há apenas 250 animais no mundo. Os motivos apresentados pelos estudiosos são dois: um gargalo gargalo genético que a põe em risco de consangüinidade e uma misteriosa doença que causou a morte quatro adultos e diversos recém-nascidos nos últimos dez meses, que ameaça se espalhar pela população.

Segundo Miquelle Dale, diretor do programa russo Wildlife Conservation Society (WCS), ao Guardia, “Podemos estar testemunhando uma epidemia na população dos tigres siberianos”.

A doença ainda não identificada. Mas, pelo que se observou afeta a capacidade de caçar dos animais, deixando-os enfraquecidos e com fome.

A doença foi observada pela primeira vez em um tigre macho no ano passado. “Estamos extremamente preocupados com a possibilidade de uma epidemia que poderia acabar com todos esses tigres”, disse Miquelle. “Os animais que temos estudado extensivamente, demonstraram uma mudança radical de comportamento, o que é extremamente preocupante.”

Esses felinos já enfrentaram o grande perigo de caçadores, responsáveis por matar cerca de 30-50 tigres por ano. “O aumento de óbitos provocados pela doença nessa população poderia chegar de um ponto de não retorno”, disse Miquelle ao Guardian.

O que é a extinção da Espécie?

Animais ameaçados de extinção.

Extinção em biologia e ecologia é o total desaparecimento de espécies, subespécies ou grupos de espécies. O momento da extinção é geralmente considerado sendo a morte do último indivíduo da espécie.

Em espécies com reprodução sexuada, extinção de uma espécie é geralmente inevitável quando há apenas um indivíduo da espécie restando, ou apenas indivíduos de um mesmo sexo. A extinção não é um evento incomum no tempo geológico – espécies são criadas pela especiação e desaparecem pela extinção.

Atualmente muitos ambientalistas e governos estão preocupados com a extinção de espécies devido à intervenção humana. As causas da extinção incluem poluição, destruição do habitat, e introdução de novos predadores. Espécies ameaçadas são espécies que estão em perigo de extinção. Extintas na natureza é uma expressão usada para espécies que só existem em cativeiro.

Uma implicação natural do processo de evolução biológica é a extinção de espécies, uma vez que a seleção natural significa a sobrevivência do mais apto, do mais adaptado a cada ambiente. Assim, à medida que ocorrem mudanças ambientais, muitas espécies e até grupos inteiros (famílias) podem ser extintos.

No Brasil

No Brasil conhecemos bem alguns exemplos, como micos-leões, tatus, veados, tamanduás, peixes-boi, preguiças, lobos-guará, onças, jaguatiricas, baleias, antas, papagaios, araras, gaviões, macucos, tartarugas, jacarés. Em outros continentes as listas também são extensas, incluindo por exemplo: ursos-polar, leopardos, orangotangos, gorilas, tigres, pandas, rinocerontes, elefantes indianos, coalas, golfinhos, baleias, ursos, grous, águias, condores, pingüins, gaivotas, tubarões, tartarugas etc.

Todos esses exemplos são apenas de vertebrados, animais maiores e por várias razões mais ligados ao nosso interesse direto, por isso mesmo mais conhecidos. O que dizer então das espécies de invertebrados, de vegetais, de microrganismos? Não podemos esquecer que eles são a maioria das espécies do planeta, tendo os vertebrados apenas cerca de 50 mil espécies atuais.

Fonte: Scientif American Brasil e Portal Educação

planeta_terraA ONG World Wildlife Fund acaba de divulgar um relatório alarmante sobre as condições do consumo dos recursos naturais pelo homem. Apesar da abundância das riquezas naturais, a organização alerta que a humanidade supera em 30% da capacidade do planeta em recuperá-los.

Nos últimos 45 anos, a demanda de recursos naturais dobrou. A exploração abusiva do planeta tem provocado vários problemas: a cada ano desaparece uma área de floresta equivalente a duas vezes o território da Holanda; três espécies animais (foca-monge-do caribe, sapo dourado panamenho e rinoceronte-negro) desapareceram nos últimos dois anos.

Outros dados da exploração do planeta:

Água Doce – Só 1% é apropriada para o consumo. Hoje se consome 50% da água disponível. Em 40 anos se consumirá 80%. Só que 50% dos rios do mundo estão poluídos.

Terras Cultiváveis – Dos 15 bilhões de hectares da terra do planeta, só 12% são cultiváveis. As demais são cidades, pastos, desertos, zonas montanhosas e geleiras. Nas últimas três décadas dobrou as terras atingidas pelas secas severas, por conta do aquecimento global. Sem água, terras cultiváveis, peixes estamos a beira do colapso.

Peixes – Há 200 espécies de peixes comercializáveis. Desses 120 são exploradas além do nível sustentável. Dessa forma, em 2050, o volume do pescado disponível terá diminuído 90%.

Oceanos – Estima-se que 40% do mares estejam degradados pelo homem. Nos últimos 500 anos, as zonas mortas nos oceanos aumentaram na proporção de três para 150. Das 1.400 espécies de coral conhecidas, há dez anos treze estavam ameaçadas de extinção, hoje são 231.

Atmosfera – Desde 1961, a quantidade de CO2 despejada na atmosfera cresceu duas vezes.

O relatório alerta também é possível evitar um colapso, mas o grande desafio é conciliar o desenvolvimento dos países com a preservação de recursos. Segundo especialistas são necessárias soluções tecnológicas e políticas. É necessária a adoção de hábitos sustentáveis, evitando que se utilizem mais recursos do que a natureza é capaz de repor.

(Baseado em matéria da Veja – 5 de novembro de 2008)