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Mais da metade dos municípios brasileiros não dá destinação adequada ao lixo. Em mais de 30% dos casos, o destino são vazadouros a céu aberto e apenas 1% é reciclado. Os dados, do Ministério das Cidades, mostram a importância de incentivar a indústria da reciclagem. O setor, que antes era defendido apenas por ambientalistas, hoje é visto como uma alavanca para criação de novos empregos, aumento da renda e até mesmo geração de energia. As oportunidades de negócios e desenvolvimento são muitas.

Somente na região metropolitana do Rio de Janeiro 40 mil pessoas vivem da coleta e da reciclagem do lixo e existem ainda as indústrias que estão se especializando em desenvolver tecnologia de ponta para transformar o lixo em energia elétrica, térmica ou biodiesel. É o dinheiro que vem do lixo.

Esse questão afeta diretamente as prefeituras, que são os responsáveis pela coleta e destinação do lixo, e faz parte da agenda desenvolvimento sustentável e de preservação ambiental do estado do Rio de Janeiro, que tem implementado uma política de incentivo à substituição de lixões por aterros sanitários. Para crescer, a indústria da reciclagem apresenta demandas objetivas, como a redução na da carga tributária.

Na capital fluminense apenas 25% dos bairros da cidade contam com coleta seletiva, uma das formas mais práticas de os indivíduos contribuírem para a reciclagem. Nos demais 91 municípios do interior, estima-se que o lixo separado para reciclagem chegue a no máximo 1% do total, equiparando-se à média brasileira.

O ministro do Meio Ambiente Carlos Minc acenou recentemente com a idéia de reduzir drasticamente a carga tributária dos produtos reciclados. Bolsas, sapatos, mesas, materiais de escritório e demais artigos fabricados a partir de garrafas PET, latinhas reutilizadas, vidro reprocessado e outras matérias-primas recicladas pagariam imposto zero. A justifica é o fato de todo esse material já ter pago impostos ao longo de toda a cadeia produtiva antes de ser descartado. Além disso, a medida se alinha com as recomendações da Agenda 21, de taxar mais as atividades que aumentam a poluição e reduzir a tributação dos reciclados e dos que apresentam baixa emissão de carbono.

Fonte: Alerj – Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro

:: Por Rodrigo Ratier ::

“Dinheiro eu não tenho, mas estou aqui com uma caixa cheia de livros. Quer um?” Repeti essa oferta a pedintes, artistas circenses e vendedores ambulantes, pessoas de todas as idades que fazem dos congestionamentos da cidade de São Paulo o cenário de seu ganha-pão. A ideia surgiu de uma combinação com os colegas de NOVA ESCOLA: em vez de dinheiro, eu ofereceria um livro a quem me abordasse – e conferiria as reações.

Para começar, acomodei 45 obras variadas – do clássico Auto da Barca do Inferno, escrito por Gil Vicente, ao infantil divertidíssimo Divina Albertina, da contemporânea Christine Davenier – em uma caixa de papelão no banco do carona de meu Palio preto. Tudo pronto, hora de rodar. Em 13 oferecimentos, nenhuma recusa. E houve gente que pediu mais.

Nas ruas, tem de tudo. Diferentemente do que se pode pensar, a maioria dessas pessoas tem, sim, alguma formação escolar. Uma pesquisa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, realizada só com moradores de rua e divulgada em 2008, revelou que apenas 15% nunca estudaram. Como 74% afirmam ter sido alfabetizados, não é exagero dizer que as vias públicas são um terreno fértil para a leitura.

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