Posts com Tag ‘comemoração’

conciencia_negra1Hoje, 20 de novembro é comemorado o dia da Consciência Negra.  É feriado em mais de 300 municípios em vários estados brasileiros. Celebrada com eventos pelo país, a data lembra o dia em que foi assassinado, em 1695, o líder Zumbi, o último líder do Quilombo dos Palmares, símbolo de resistência dos escravos africanos que surgiu no começo do século 17, na divisa de Pernambuco e Alagoas. Ele foi destruído por tropas do governo colonial em 1694, após a 18ª tentativa.

O objetivo da homenagem é promover a reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira, como modo de reduzir o racismo e a discriminação.

Um pouco da história
Na época em que os portugueses começaram a colonização do Brasil, não existia mão-de-obra para a realização de trabalhos manuais. Diante disso, eles procuraram usar o trabalho dos índios nas lavouras; entretanto, esta escravidão não pôde ser levada adiante, pois os religiosos se colocaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Assim, os portugueses passaram a fazer o mesmo que os demais europeus daquela época. Eles foram à busca de negros na África para submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia. Deu-se, assim, a entrada dos escravos no Brasil.

De 1550 a 1888, pelo menos 3 milhões de africanos foram brutalmente enviados ao Brasil pelos mercadores de escravos. A maioria deles veio de Angola e Moçambique, então colônias portuguesas na África, e foi submetida ao trabalho escravo nas plantações de cana-de-açúcar no nordeste.

Durante os anos da escravatura, milhares conseguiram escapar montando colônias livre conhecidas como quilombos. O mais famoso de todos foi o Quilombo dos Palmares, em Alagoas, liderado por um escravo fugitivo conhecido como Zumbi, que veio a se tornar símbolo de resistência por defender o povoado contra as forças coloniais.

Hoje, a influência cultural da África continua forte no Brasil, um país onde os descendentes de africanos foram quase metade da população de 180 milhões de habitantes. Apesar disso, a discriminação econômica, social e de outras formas continua sendo a principal herança da migração em massa forçada da escravatura. De acordo com o último censo, no ano 2000, brasileiros de descendência africana formam 63% do setor mais pobre da sociedade, embora apenas 5% deles se declarem como ‘de origem negra’.

Um estudo do Dieese mostra que o ganho mensal das pessoas negras no país pode ser até 52,9% menor do que o das não-negras. Uma pesquisa, realizada pela Fundação Cultural Palmares, aponta que apenas 4% da programação das três principais emissoras públicas do país (TV Cultura, TVE Rede Brasil e TV Nacional) aborda em entrevistas, programas de auditório e telejornais elementos da cultura negra, mesmo com 49,5% da população ter se declarado preta ou parda, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios  (Pnad), do IBGE. Apesar disso, a luta contra a desigualdade tem gerado alguns resultados positivos. A Pnad também revelou que de 1996 a 2006 o porcentual de brasileiros que se declaram negros ou pardos no Ensino Superior subiu de 18% para 30%.

Negros Ilustres

Grande Otelo- Ator
Luís Gama- Copista, advogado, jornalista, poeta, abolicionista e revolucionário.
Zumbi dos Palmares – o último dos líderes do Quilombo dos Palmares.
Rui Barbosa – Guardião da República, um dos homens mais cultos da vida nacional
Jamelão – foi um cantor brasileiro, tradicional intérprete dos sambas-enredo da escola de samba Mangueira.
Mussum – Ator
Pixinguinha – flautista, saxofonista, compositor, cantor, arranjador e regente.
Cartola – cantor, compositor e poeta brasileiro.
João Cândido, líder da revolta da Chibata
Lima Barreto – jornalista e um dos mais importantes escritores brasileiros.
Chiquinha Gonzaga – Compositora e Pianista
Machado de Assis – Escritor
Pelé – jogador
Daiane dos Santos – Ginasta
Ronaldinho Gaúcho – Jogador
Lázaro Ramos – Ator
Gilberto Gil – músico e político Brasileiro
Manuel de Brito Filho, mais conhecido como Obina (Vera Cruz, 31 de janeiro de 1983) é um futebolista brasileiro.

Em junho, comemoram-se as festas juninas. Não só no Brasil, mas também em Portugal também. A festa é uma herança européia que chegou ao Brasil por intermédio dos portugueses, na época da colonização (1500/1822).

Das missões francesas (século XIX), o povo brasileiro incorporou a “quadrille” (quadrilha), que é uma dança de pares, característica dos casamentos da França na Idade Média. Às tradições, o povo brasileiro acrescentou elementos locais, como forró, milho, jenipapo, aipim, tapioca.

Para os católicos, as festas juninas são uma homenagem aos santos com aniversário em junho – Antônio (13), João Batista (24) e Pedro (29).

Na Europa Antiga, antes do Cristianismo, os povos faziam festas com danças, comidas e bebidas, para reverenciar o Sol e a chegada do verão. Era a celebração do solstício de verão – momento em que o sol atinge sua maior declinação em latitude, e o dia se torna o mais longo do ano. No hemisfério Norte, ocorre no dia 21 de junho e, no hemisfério Sul, em 21 de dezembro.

No Nordeste, os festejos coincidem com o solstício de inverno e com a época da colheita do milho. Por isso, a maior parte dos quitutes é feita com o grão, a exemplo da canjica, da pamonha e do bolo de fubá.

Estados mais festeiros

Festa Junina em Caruaru

Os Estados que realizam os maiores eventos são: Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. As comemorações são feitas com concursos de quadrilhas, queima de fogos de artifício, fogueiras, barracas de comida espalhadas pelas ruas e brincadeiras, como o pau-de-sebo (pessoas tentam subir num mastro untado com sebo de boi) e cabra cega (adultos e crianças de olhos vendados tentam romper com pauladas um pote de doces e brinquedos que é amarrado no alto de um pau).

Um costume antigo ainda é realizado nas cidades pequenas do Nordeste brasileiro – o de visitar as casas. Amigos se reúnem em grupos e vão por toda a cidade, batendo de porta em porta e perguntando: “São João passou por aí?” Quem responde sim, convida os visitantes para comer, beber e dançar forró.

As mesas costumam ser fartas com amendoim e milho assados e cozidos, canjica (doce feito com farinha de milho, leites de vaca e de coco, canela, cravo, sal e açúcar), pamonha (doce feito com milho verde, açúcar e coco ralado), bolos de aipim, de milho e de fubá (massa feita com milho), cuscuz de tapioca, pipoca e licores variados – os mais populares são os de maracujá, de jenipapo e de coco.

Atualmente, multidões tomam as ruas de cidades como Caruaru (Pernambuco), Campina Grande (Paraíba) e Senhor do Bonfim (Bahia), para assistir a shows de grandes estrelas do forró e da música caipira.

Nas grandes festas de rua e nas quadras, as barracas de alimentos acrescentaram ao cardápio junino uma bebida popular chamada de “quentão” (mistura de cachaça com açúcar, cascas de limão e de laranja, gengibre, cravo, canela e maça). Também costumam vender sanduíche de pernil de porco, cachorro quente e pastel.

Símbolos

bandeirinhasNo Brasil, as festas juninas são marcadas por música, dança e também por tradições. Os festejos incluem arraiá, casamento caipira, quadrilha, fogueira, fogos de artifício, balões, bandeirinhas, pau-de-sebo, puxada de mastro e simpatias.

O Arraiá é o nome caipira que se dá onde as quadrilhas são encenadas. Deriva da palavra arraial, que significa lugarejo de caráter provisório. Deve lembrar o ambiente de uma roça. Normalmente é enfeitado por bandeirinhas e balões coloridos e tem uma fogueira ao centro.

A quadrilha vem da tradição francesa de dançar em pares durante as festas de salão e os casamentos na corte. É formada por grupos de casais e encena a história de um casamento caipira – dois jovens simples do interior se unem porque a moça está grávida, e seu pai obriga o rapaz a se casar com ela.

Para os cristãos, a fogueira está relacionada ao nascimento de São João Batista. Contam os católicos que Santa Isabel acendeu uma fogueira para avisar à Maria, mãe de Jesus, do nascimento de seu filho, João Batista, no dia 24 de Junho. Para os pagãos, a fogueira espanta os maus espíritos. Segundo a tradição, no aniversário de Santo Antônio, a fogueira é montada em formato quadrangular; no de São João, tem forma de pirâmide; no de São Pedro, formato de triângulo.

Os católicos explicam que os fogos de artifício servem para despertar São João, e os balões, para levar os pedidos dos devotos aos céus. Os supersticiosos acreditam que é mau presságio o balão não subir. A prática de soltar balões foi proibida no Brasil pela Lei Federal 9.605/98, que, em seu artigo 42, trata da fabricação, venda, transporte ou soltura de balões. O ato é considerado crime ambiental, porque oferece risco de incêndio. A pena para os infratores é de detenção de um a três anos ou multa.

A puxada do mastro é o ritual de levantamento das bandeiras de Santo Antônio, São João e São Pedro. Normalmente, marca a abertura das festas juninas e é acompanhada de queima de fogos de artifício. Na crença popular, a bandeira vira na direção de uma casa ou de uma pessoa que será abençoada.

As simpatias juninas versam geralmente sobre dinheiro, fartura e casamento. A mais comum é a de colocar Santo Antônio de cabeça para baixo, pendurado pelos pés, na noite do dia 12 de junho – véspera de seu aniversário de morte. No dia seguinte, a pessoa que fez a simpatia deve conhecer um amor.

Para que nunca falte comida, é costume no Nordeste brasileiro colocar um pãozinho dentro da farinheira. É conhecido como pão de Santo Antônio.

Segundo a crença popular, para saber se o ano será próspero, basta colocar uma folha de louro no telhado da casa, no dia 23 de junho – data anterior à comemoração do São João. No dia seguinte, se a folha ainda estiver verde é sinal de dinheiro.

Há muitas outras simpatias, que variam de um município para outro.

Santo Antonio, São João e São Pedro

Santo Antônio nasceu em Lisboa (Portugal), no ano provável de 1195 e foi batizado como Fernando. Freqüentou a escola até os 15 anos e iniciou seus estudos teológicos no Mosteiro de São Vicente de Fora. Aos 24 anos, foi ordenado padre na Escola Monástica de Santa Cruz, em Coimbra. Viajou pelo Marrocos em trabalho missionário. Teve problemas de saúde e voltou para a Europa. Passou a viver na Itália, onde desenvolveu suas habilidades para a oratória e ampliou estudos bíblicos. Foi nomeado pregador da Ordem Geral. Seus sermões eram famosos por cativar cristãos de todas as classes sociais. Morreu em Pádua (Itália), aos 35 anos, no dia 13 de junho de 1231. Sob seu túmulo, a Igreja Católica construiu uma basílica. A fé em Santo Antônio foi difundida no Brasil pelos padres franciscanos. Sua imagem o mostra sempre com um menino Jesus no colo, para lembrar que era um santo adorado pelas crianças. Sua fama de santo casamenteiro teria surgido na Idade Média, depois de sua morte, por meio de uma história propagada pelos devotos. Uma mulher pobre teria pedido ajuda ao santo para se casar e logo conseguiu o dote de que precisava.

São João Batista nasceu no dia 24 de junho, de ano incerto, antes de Cristo. Seu nascimento foi considerado um milagre, porque seus pais – Zacarias e Isabel, parente de Maria, mãe de Jesus – já haviam passado da idade fértil. Segundo a Bíblia, João Batista teria como missão anunciar a chegada do Messias, Jesus. Ficou conhecido pelas cerimônias que realizava no Rio Jordão, onde batizou Jesus. O local, que fica em território israelense, no Oriente Médio, é hoje visitado por milhares de turistas e devotos. Em 29 de agosto de 29 d.C, João Batista foi degolado a mando do rei Herodes Antipas e a pedido de Salomé, filha de Herodíades. Diz a Bíblia, que João Batista criticou o casamento do rei com Herodíades, que era sua cunhada, e que, por isso, Salomé teria sido instigada pela mãe a pedir a cabeça de João Batista numa bandeja.

Conhecido pelos católicos como Príncipe dos Apóstolos, São Pedro (10 a.C – 67 d.C) nasceu na Galiléia e é considerado o primeiro Papa da Igreja Católica. Teve sua história registrada nos evangelhos de João, Lucas, Mateus e Marcos. Teria sido o escolhido de Jesus para propagar a fé cristã.

São Pedro foi preso pelo rei Agripa I e enviado a Roma, onde liderou uma comunidade religiosa que seria a base da Igreja Católica Romana. Teria sido executado por ordem de Nero. Acredita-se que está enterrado sob a Catedral Basílica de São Pedro, no Vaticano (Itália).

São Pedro é considerado um santo especial no Nordeste, por ser o santo que traz as chuvas da estação e  “irriga” as plantações. Há uma crença popular que diz que se no dia de São Pedro, 29 de junho, chover, a colheita será farta. 

Fonte: Hsw

ano-do-boiNo dia 24 e 25 de janeiro, paulistanos e turistas poderão participar das comemorações do Ano Novo Chinês. A programação inclui atrações típicas da cultura chinesa, com danças folclóricas, shows musicais e comidas típicas. A entrada é gratuita.

Pela quarta vez, São Paulo terá a chance de celebrar a entrada do Ano Novo Chinês, a data mais importante do calendário da cultura chinesa. Organizada pela JCI Brasil – China, a festa acontece nos dias 24 e 25 de janeiro. As atividades de música, dança, artes marciais e culinária serão concentradas na Liberdade, o tradicional bairro oriental da cidade de São Paulo.

Para a entrada do Ano do Boi, será instalado um palco para apresentações na Praça da Liberdade e, nas ruas próximas, barracas temáticas onde os visitantes poderão conhecer mais sobre a cultura, arte e a culinária chinesas. Os shows pirotécnicos que caracterizam a chegada do Ano Novo na China também farão parte da festa. O Ano do boi promete ser um ano de trabalho duro e é um período de colocar a casa em ordem. O sucesso só será possível mediante esforços rigorosos.

A organização prepara também uma série de atividades paralelas. O Parque Villa-Lobos receberá, no dia 17 de janeiro, demonstrações de academias de artes marciais chinesas que também serão apresentadas no dia seguinte no Parque do Ibirapuera. No dia 21 (quarta-feira), no vão livre do MASP, dragões anunciarão a entrada do ano do Boi.

Chineses e descendentes no Brasil comemoram o Natal dos cristãos e as duas passagens de ano. As famílias mais tradicionais seguem o ritual de seu país de origem, cozinhando, enfeitando a casa, soltando fogos. Outros saem para jantar na noite da virada do Ano Novo Chinês, comemorando, assim, a data, mas sem a pompa das comemorações chinesas. São Paulo está retomando o ritual, com a festa na Liberdade.

A programação completa está no site Ano Novo Chinês.