O arsênio ou arsênico é conhecido por ser uma substância letal e, supostamente, foi o responsável pela morte de grandes nomes de nossa história como: Alexandre, o Grande; Napoleão; Shakespeare; o imperador chinês de Guangxu; Dom João VI, o compositor Tchaikovsky entre tantos outros.
É um semi-metal, elemento químico sólido, cristalino, acinzentado, ou arsênio branco, trióxido de diarsênio, pó branco, cristalino, sem odor, com aspecto de açúcar. Sua toxidade e seus efeitos no organismo humano são conhecidos desde a antiguidade. Não pode ser visto ou sentido.
O arsênico é encontrado no solo, na água e no ar e é um poluente ambiental comum. Essa substância chega aos sistemas de água potável através de depósitos na terra ou utilização na agricultura e indústria. Ainda que o arsênio se associe com a morte, é um elemento químico essencial para a vida e sua deficiência pode gerar diversas complicações.
Historicamente, o arsênio foi empregado com fins terapêuticos já praticamente abandonados pela medicina ocidental. Recentemente renovou-se o interesse principalmente pelo uso do trióxido de arsênio para o tratamento de pacientes com leucemia promielocítica aguda. A ingestão de arsênico pode causar: câncer de pele, diabetes, doenças vasculares, digestivas, hepáticas, nervosas e renais.
Grandes doses da substância pode causar efeitos agudos entre 30 minutos e 60 minutos. O primeiro sintoma do envenenamento são cortes ou manchas no rosto, assim como problemas respiratórios ou cardiovasculares. O efeito inicial é gastrointestinal, iniciando com gosto metálico ou de alho na boca associado a sensação de boca seca e queimação dos lábios. Casos graves podem até resultar em diversas formas de câncer. O veneno pode levar à falência dos órgãos.
Apesar de proibido, é utilizado como raticida de distribuição clandestina, mas utilizado em algumas medicações homeopáticas ou alopáticas antigas, no tratamento de determinadas doenças tropicais. As águas de poços em algumas regiões da América Latina e países da Ásia contêm elevadas concentrações de arsênico, que provocam freqüentes intoxicações agudas. A aplicação de herbicidas e pesticidas que contêm arsênico aumentou sua dispersão no meio ambiente.
Verdadeiras catástrofes tornaram-se conhecidas no mundo, como as de Bangladesh, Mongólia e Bengala Ocidental, a partir de exposição prolongada ao arsênio, por consumo de água contaminada. Após algum tempo, nestes locais verificou-se que milhões de pessoas apresentavam doenças causadas pela contaminação. Bebido regularmente em pequenas doses, o arsênio pode causar envenenamento crônico.
O arsênico, especialmente na água potável, é uma ameaça global à saúde, um sério problema de saúde pública, afetando mais de 137 milhão de pessoas em 70 países como: China, índia, Argentina, Hungria, Nova Zelândia, Chile, Estados Unidos, Bangladesh e o Vietnã. Ainda não existe um tratamento específico contra o envenenamento.
Nos seus estágios iniciais ele pode desaparecer quando a pessoa evita beber água contaminada. Frutas e vegetais tratados com arsenicais são fontes desse elemento, bem como peixes e moluscos, porém em doses não letais e que são eliminadas pelo organismo. Proteínas e algumas vitaminas também podem ajudar o corpo a combater a substância. Porém subnutrição torna o corpo mais suscetível aos efeitos do arsênio, o que faz com que as populações mais pobres sejam as mais atingidas.
Segundo especialista da Universidade Federal de São Carlos, não há registro de contaminação na água por arsênico aqui no Brasil. Enfim, nunca se sabe, né! Seguro morreu de velho.