Entre 1º de janeiro e 9 de fevereiro, 13.089 pessoas desapareceram no Estado de São Paulo, segundo informações da Policia Civil. Um total diário de 11 pessoas, entre crianças, homens, mulheres e idosos. Desses, 65% ou seja 8.544 são homens, que desaparecem pelos mais diversos motivos, entre eles: doença psiquiátrica, mental ou alcoolismo. Do total 71% tinham mais de 18 anos. De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), eles somem mais que as mulheres porque quebram o vínculo familiar com mais facilidade, envolvem-se mais com o crime, usam mais álcool e drogas.
Nesse universo, as mulheres somam 34%, ou seja 4.545. Cinquenta por cento dos desaparecimentos acontecem na adolescência e normalmente isso se deve a vontade de escapar da opressão em casa ou para viver com o namorado. Crianças também estão nessa contagem, totalizam 320 entre meninos e meninas, até 7 anos, e 657 de 8 a 12 anos. O mais comum, segundo o DHPP, é que sejam raptados por pais divorciados.
Nos últimos três anos, parentes ou amigos comunicaram às delegacias paulistas o desaparecimento de 63.150 casos, sendo que 19.455 só na cidade de São Paulo. Das queixas, 50.061 foram esclarecidas. Algumas pessoas reaparecem espontaneamente, outras são achadas mortas, há também vítimas de acidentes de trânsito, afogamento e suicídio. De acordo com o DHPP, as dificuldades de esclarecimentos se deve ao tamanho do território brasileiro, falta de informação dos familiares com relação a rotina do parente, inexistência de um sistema unificado de identidade no País e descumprimentos pelos hospitais da leia que obriga informar a DHPP quando um paciente chega em estado grave desacompanhado.
Fonte: O Estado de S. Paulo