Cerca de 200 mil brasileiros sofrem do mal de Parkinson

Publicado: 12/08/2010 por Kakao Braga em Atualidades, Saúde

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que 1% da população acima dos 65 anos sofre com a doença do mal de Parkinson. No Brasil, segundo a Associação Parkinson Brasília, a estimativa é de que pelo menos 200 mil pessoas tenham a doença, que não atinge um grupo especifico de pessoas, mas normalmente os sintomas surgem a partir dos 50 anos.

“O sintoma inicial da doença é a lentidão dos movimentos do dia a dia, caracterizado em um lado do corpo, o que diferencia a lentidão causada pela idade. Porém, este não é o sintoma inicial da doença e, sim, quando ela está em um estágio avançado”, explicou o coordenador do laboratório de Parkinson do Hospital de Base do Distrito Federal, Nasser Allan.

O tratamento da doença é feito com remédios e, em alguns casos, com cirurgia, mas apenas quando os pacientes tenham excesso de movimentos ou alguma lesão. Um fator curioso da doença é a influencia da nicotina nesses casos. “A doença não tem prevenção. Existem alguns estudos que revelam uma correlação positiva com o tabaco. A nicotina age como neuroprotetor. Em média. 90% dos pacientes que atendo não fumavam. Claro que o cigarro não é recomendado por causar doenças graves como o câncer de pulmão”, explicou o coordenador.

O que mal de Parkinson?
A doença de Parkinson ou mal de Parkinson, descrita pela primeira vez por James Parkinson em 1817, é caracterizada por uma desordem progressiva do movimento devido à disfunção dos neurônios secretores de dopamina nos gânglios da base, que controlam e ajustam a transmissão dos comandos conscientes vindos do córtex cerebral para os músculos do corpo humano. Não somente os neurônios dopaminérgicos estão envolvidos, mas outras estruturas produtoras de serotonina, noradrenalina e acetilcolina estão envolvidos na gênese da doença.

A doença de Parkinson é idiopática, ou seja é uma doença primária de causa obscura.

Sintomas
A Doença de Parkinson é caracterizada clinicamente pela combinação de três sinais clássicos: tremor de repouso, bradicinesia (Lentidão anormal dos movimentos voluntários, observada em certas perturbações psíquicas e em certos casos de encefalite) e rigidez. Além disso, o paciente pode apresentar também: acinesia (Perda parcial ou total do movimento do corpo; imobilidade; paralisia.), micrografia, expressões como máscara, instabilidade postural, alterações na marcha e postura encurvada para a frente.

Os sintomas normalmente começam nas extremidades superiores e são normalmente unilaterais devido à assimetria da degeneração inicial no cérebro. A clínica é dominada pelos tremores musculares. Estes iniciam-se geralmente em uma mão, depois na perna do mesmo lado e depois nos outros membros. Tende a ser mais forte em membros em descanso, como ao segurar objetos, e durante
períodos estressantes e é menos notável em movimentos mais amplos. Há na maioria dos casos mas nem sempre outros sintomas como rigidez dos músculos, lentidão de movimentos, e instabilidade postural (dificuldade em manter-se em pé). Há dificuldade em iniciar e parar a marcha e as mudanças de direção são custosas com numerosos pequenos passos.

O doente apresenta uma expressão fechada tipo máscara sem demonstrar emoção, e um voz monotônica, devido ao deficiente controle sobre os músculos da face e laringe. A sua escrita tende a ter em pequeno tamanho (micrografia). Outros sintomas incluem deterioração da fluência da fala (gagueira), depressão e ansiedade, dificuldades de aprendizagem, insônias, perda do sentido do olfato.

O diagnóstico é feito pela clínica e testes musculares e de reflexos. Normalmente não há alterações nas Tomografia computadorizada cerebral, eletroencefalograma ou na composição do líquido cefalorraquidiano. Técnicas da medicina nuclear como SPECTs e PETs podem ser úteis para avaliar o metabolismo dos neurônios dos núcleos basais. Por outro lado, os sintomas cognitivos, embora comumente presentes na DP, continuam a serem negligenciados no seu diagnóstico e tratamento. Existem evidências de distúrbios nos domínios emocional, cognitivo e psicossocial, destacando-se: depressão, ansiedade; prejuízos cognitivos e olfatórios; e, em particular, a demência na DP.A incidência de demência na DP é seis vezes maior do que na população geral, e a prevalência varia entre 10% a 50%. Ela é caracterizada por redução ou falta de iniciativa para atividades espontâneas; incapacidade de desenvolver estratégias eficientes para a resolução de problemas; lentificação dos processos mnemônicos e de processamento global da informação; prejuízo da percepção viso-espacial; dificuldades de conceptualização; e, dificuldade na geração de listas de palavras. O reconhecimento precoce destes sintomas e seu tratamento são fatores cruciais para uma melhor abordagem clínica da DP.

Fonte: Agência Brasil e Wikipédia

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comentários
  1. boa noite eu tive o prazer de participar de um seminario de parkinson e alzheimer e gostei muito pois quero muito receber a revista Informativa.

  2. Andrew disse:

    Rita, agradecemos ao carinho que você nos dedica. Estamos lutando para transformar esta revista virtual numa revista física, mas ainda não é possível. Sugiro que a assine virtualmente. Temos um serviço que cada vez que há um novo post, você recebe via email um comunicado. Vamos torcer para que a revista se torne física o mais breve possível. 1abraço

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