Foi lançada na rede a campanha Internet for Peace (I4P), que afirma que o prêmio Nobel da Paz deve ser concedido à internet, homenageando cada usuário que integra a rede mundial. O grupo que está por trás da iniciativa afirma ter finalmente percebido que a internet é muito mais que uma rede de computadores, e sim uma rede infinita de pessoas, vindas de cada canto do mundo, além de uma ferramenta para a paz, por meio do diálogo, da aceitação e da participação dos indivíduos.
O idealizador do projeto é Riccardo Luna, editor-chefe da Wired Itália, que também pertence ao time de embaixadores, composto por Chris Anderson, editor-chefe da Wired EUA e David Rowan, editor da Wired britânica, além de Shirin Ebadi, Nobel da Paz de 2003, Umberto Veronesi, cientista e cirurgião italiano e pelo renomado estilista italiano Giorgio Armani.
O site da Wired inglesa traz os depoimentos de seus três integrantes que fazem parte do I4P. Luna explica que a internet pode ser utilizada como o primeiro meio de construção em massa, acabando com o ódio e com os conflitos e proporcionando paz e democracia. Ele ainda relembra o papel que o ambiente virtual teve nas eleições iranianas, ao divulgar informações importantes que antes seriam barradas pela censura. Já o site da revista Vogue destaca a participação de Giorgio Armani no movimento.
A campanha conta também com o apoio da revista brasileira Galileu, que pediu, em sua mais recente edição, a participação dos brasileiros e das instituições nacionais. No site da I4P é possível ler o manifesto completo (em inglês) e assistir ao vídeo que conta um pouco da história da campanha (em italiano, mas com legendas em inglês), e convida os visitantes a participar. Também é possível ver, por localidade, quem já faz parte do movimento.
Esta não é uma realização impossível, pois o Nobel da Paz, criado em 1901, é o único dos prêmios Nobel que pode ser atribuído não só a pessoas, mas também a entidades, mesmo que ainda estejam em processo de resolução dos problemas, e já premiou 20 organizações, entre elas a Unicef, os Médicos sem Fronteiras, a Anistia Internacional e a Cruz Vermelha (que recebeu a condecoração 3 vezes).
O criador do prêmio, o químico e inventor sueco Alfred Nobel, acreditava que ele deveria ser entregue a quem “tivesse feito a maior ou melhor ação pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz”.
Fonte: Terra Tecnologia/Internet