O governo da Argentina radicalizou. Sem qualquer aviso, fechou as fronteiras de seu país com o Brasil, impedindo a entrada de produtos alimentícios brasileiros que tenham similares fabricados em terras argentinas. Dezenas de caminhões brasileiros entrar no país vizinho. A tensão nas fronteiras é grande. O secretário de Comércio Interior, Guilhermo Moreno, está recorrendo à vigilância sanitária para justificar a proibição de importação. Entre os produtos sem permissão para entrar no país vizinho estão o milho, tomate e carnes suína e de aves.
Se os argentinos insistirem no conflito, podem sair no prejuízo. No primeiro trimestre, o Brasil vendeu para os vizinhos US$ 81 milhões em alimentos. Em contrapartida, eles venderam para cá US$ 190 milhões. “Os exportadores de lá estão com medo de o Brasil fechar as portas para eles e já estão protestando contra a medida descabida. Os supermercadistas também estão revoltados. A produção de lá é pequena e não é suficiente para abastecê-los”, afirmou Mário Gaspar Sachi, argentino radicado no Brasil e professor de Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
O Itamaraty garantiu que o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, está acompanhando com preocupação esses relatos e instruiu diplomatas a reiterarem a preocupação do governo brasileiro sobre o assunto. O embaixador do Brasil na Argentina, Enio Cordeiro, se encontrou com Alfredo Chiaradia, subsecretário de Assuntos Econômicos da Argentina para debater o tema.
Fonte: Correio Braziliense