Diariamente, mesmo quando não há sol, estamos expostos à radiação ultravioleta (UV), invisíveis aos olhos e que ultrapassam a camada de ozônio. A maior parte da radiação UV emitida pelo sol é absorvida pela atmosfera terrestre. Noventa e nove por cento dos raios ultravioletas que efetivamente chegam a superfície da Terra são do tipo UV-A. A radiação UV-B é parcialmente absorvida pelo ozônio da atmosfera e sua parcela que chega à Terra é responsavel por danos à pele. Já a radiação UV-C é totalmente absorvida pelo oxigênio e o ozônio da atmosfera.
Segundo a dermatologista Luci Marito Gerhard, os raios UV-A atingem a pele quase da mesma forma durante o inverno e o verão e é intenso pela maior parte do dia (95%). Sua intensidade aumenta um pouco entre às dez da manhã e às quatro da tarde. Também estão presentes, em doses mais altas do que as de um dia de sol, nas câmaras de bronzeamento artificial. A radiação UVA, responsável pelo bronzeamento, penetra profundamente na pele e agem de forma gradual, contínua e discreta, causando destruição das fibras elásticas e do colágeno, contribuindo para o envelhecimento e favorecendo o aparecimento de rugas. Danos que se tornam visíveis após os 30 anos de idade.
Já o médico Adilson Costa explica que os raios UVB penetram superficialmente na pele. A incidência desses raios na atmosfera aumenta durante o verão. Como acontece com os raios UVA, os UVB aumentam sua intensidade entre às dez da manhã e às quatro da tarde. Essa radiação tenha grande importância na produção de vitamina D, vitamina atua no fortalecimento dos ossos, e segundo o Laboratório de Luz Ultravioleta da PUC Minas, há vários indícios não comprovados de que ela atuaria também contra o desenvolvimento de diversos tipos de câncer, esclerose múltipla, artrite, hipertensão, resistência à insulina e doenças periodontais. Mas, a exposição da pele a essa radiação sem a proteção adequada pode provocar queimaduras solares e alterações celulares, que levam ao aparecimento de vermelhidão, bolhas, manchas, inchaços e ao longo do prazo, câncer de pele.
Mesmo em dias nublados ou de pouco luminosidade, o raio ultravioleta pode refletir em qualquer superfície como concreto, areia e água. As lâmpadas fluorescentes são fontes de radiação UV em pequena quantidade, e estima-se que a exposição durante 8 horas, corresponde a 1,2 minutos de exposição solar em um dia claro de verão.
Como se proteger de verdade
Deve-se usar:
roupas apropriadas, como por exemplo: as de tecidos leves, que cubram a maior parte do corpo
- chapéu com aba larga, que proteja não apenas a cabeça, mas o pescoço e as orelhas
- óculos de sol
- protetor solar com fator de proteção, no mínimo, 15 (FPS 15)
- protetor labial
O que é Protetor Solar e como usar?
São produtos de uso externo que contêm substâncias químicas e/ou físicas que atuam como BARREIRAS PROTETORAS da pele contra as radiações solares. Eles são classificados conforme o FPS – FATOR DE PROTEÇÃO SOLAR. O FPS identifica a proteção oferecida pelo produto contra os raios UV, de acordo com o tipo de pele. Quanto maior o número do FPS, maior a proteção. Deve ser aplicado também nas partes mais vulneráveis como: orelhas, pescoço, nariz, pés e mãos. Todas as pessoas, independentemente da raça ou etnia, sofrem com a exposição excessiva ao sol. Confira no quadro abaixo:
FOTOTIPOS
DE PELE |
OUTRAS
CARACTERÍSTICAS |
CONSEQÜÊNCIAS
DA EXPOSIÇÃO SOLAR |
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sardentas e com
olhos azuis |
sempre se queimam e, nunca,
se bronzeiam |
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cabelos loiros ou ruivos,
com olhos azuis, verdes ou castanhos claros |
sempre se queimam e,
às vezes, se bronzeiam |
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média das pessoas branca
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queimam-se moderadamente,
bronzeiam-se gradual e uniformemente |
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cabelos castanho escuro e
com olhos escuros |
queimam-se muito pouco,
bronzeiam-se bastante |
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raramente se queimam,
bronzeiam-se muito |
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profundamente pigmentados
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nunca se queimam
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O uso deve ser feito sobre a pele no mínimo 30 minutos antes da exposição ao sol. Todos os protetores solares, mesmo os resistentes à água, devem ser reaplicados após:
- duas horas de exposição contínua ao sol
- nadar ou mergulhar
- secar-se com toalhas
- praticar exercícios físicos
- suar excessivamente
Fontes: Cartilha Anvisa, Laboratórios Stiefel, Natura