Cientistas estudam maneiras artificiais de resfriar a Terra

Publicado: 17/08/2009 por Andrew em Atualidades, Meio Ambiente
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O presidente Barack Obama e os demais líderes do Grupo dos 8 (G8) decretaram na semana passada que a temperatura média do planeta não deve subir em mais de 1°C ante a média atual. Mas e se a Mãe Natureza não tiver recebido a mensagem? Como escapar ao calor, no futuro? Duas opções.

Plano A: continuar discutindo a questão do clima. Essa vem sendo a abordagem preferida na Europa Ocidental, pelas duas últimas décadas. Os líderes da região gostam de prometer um ao outro que manterão a temperatura mundial sob controle por meio do reduções drásticas nas emissões de carbono. Mais tarde, quando as emissões sobem do mesmo jeito, eles se reúnem para fazer novas promessas e declarar que, dessa vez, estão realmente falando sério.

Plano B: fazer alguma coisa quanto ao clima. Originalmente conhecida como geoengenharia, essa abordagem costumava ser descartada como fantasia digna da ficção científica: refrigerar o planeta por meio de partículas que bloqueiem o sol ou cortinas; alterar a composição das nuvens de forma a torná-las mais reflexivas; remover vastas quantidades de carbono da atmosfera. Hoje essa abordagem é conhecida pelo nome de “engenharia climática”, um nome bem menos grandioso, e algumas de suas propostas começam a parecer praticáveis. Diversas revisões recentes sobre essas ideias concluíram que refrigerar o planeta poderia ser viável em termos técnicos e ter custo acessível em termos econômicos.

Muita gente continua cética, mas até mesmo essas pessoas vêm apelando por mais pesquisas quanto às possibilidades da engenharia climática. Os céticos compreensivelmente temem as consequências inesperadas que a manipulação do termostato do planeta poderia acarretar, mas temem igualmente a possibilidade – que eu definiria como quase certeza – de que os líderes políticos nada façam por reduzir as emissões mundiais de carbono.

A Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos e a Royal Society britânica estão preparando relatórios sobre engenharia climática, e o governo Obama prometeu levar a alternativa em conta. Mas até o momento o apoio governamental a pesquisa e desenvolvimento foi nulo – certamente muito inferior às dezenas de bilhões de dólares concedidos para os programas ecológicos de energia e outras ideias cujos efeitos sobre o clima demorariam décadas a se fazer sentir.

Fonte: New York Times/Terra

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