Celular aumenta o risco de acidente no trânsito e a multa vai ficar mais pesada

Publicado: 21/07/2009 por Andrew em Atualidades, Ciência & Tecnologia, Educação, Psicologia & Comportamento, Saúde
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18439Na capital paulista, em 2008, falar ao celular na direção foi o quarto tipo de infração mais comum e o segundo que mais cresceu. Foram 373.455 infrações e um aumento de 47,48%. A primeira foi ultrapassar no sinal vermelho. Atualmente tal infração representa 4 pontos na CNH e uma multa de R$ 85,13. Mas, se depender do governo federal, o motorista pego falando ao celular perderá 7 pontos (falta gravíssima) e terá que desembolsar RS 315. A proposta está sendo avaliada pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara.

Especialistas da área estão divididos. O presidente do Centro de Psicologia Aplicada no Trânsito, Salomão Rabinovich acredita que a penalidade mais dura é necessária. “Qualquer dispositivo no volante tira a atenção, isso é comprovado desde os tempos do walkman”.

O consultor e ex-secretário municipal de Transportes de  São Paulo, Getúlio Hanashiro, acha a medida exagerada. “Eu colocaria como gravíssimo infrações que podem causar sérios danos a terceiros, como excesso de velocidade”, diz.

Pesquisa mostra os riscos

5574_1221845177Uma pesquisa realizada no Reino Unido, patrocinada pela seguradora britânica Direct Line, reuniu 20 voluntários que fizeram testes em carros simuladores. Os resultados demonstraram que aqueles que usam telefone ao volante estão mais sujeitos a acidentes do que os que bebem antes de dirigir, dependendo o nível alcoólico. A reação de quem usa celular é 50% mais lenta do que um motorista atendo e 30% mais lenta do que quem bebeu.

Um estudo elaborado em Utah, Estados Unidos confirmou esses dados. Os motoristas ao celular têm 5,36 vezes mais chance de se envolver em um acidente do que um atento. Falar ao celular, mesmo em equipamentos que dispensem o uso das mãos também é perigoso, pois a atenção fica dividida. “Falar ao telefone com um kit handsfree’ na direção multiplica por quatro o risco de acidentes”, resumiu David Strayer, professor de psicologia da universidade, que realizou um estudo medindo a atividade cerebral.

Segundo o cientista, o cérebro trata das informações sobre o trânsito e a direção só com 50% de sua capacidade quando a pessoa está falando ao telefone. Dezesseis casais foram convidados a pegar o volante de um simulador automotivo em uma estrada, enquanto conversavam pelo telefone. Eletrodos mediram a atividade cerebral e os movimentos dos olhos, explicou o cientista

Outras mudanças

Outras alterações previstas são o majoração dos valores das multas; os motoristas de ônibus e caminhões não poderão dirigir mais que quatro horas seguidas;  os motociclistas não poderão ultrapassar entre veículos adjacentes, ou entre a calçada e os veículos, exceto se o trânsito estiver parado; em caso de suspensão do direito de dirigir, a CNH deverá ser devolvida ao motorista após cumprida a penalidade;  se a velocidade for acima de 50 km/h do permitido por duas vezes em um ano, o motorista deverá prestar serviços comunitários entre 6 meses a dois anos; a multa penal por condenação no trânsitos será calculada com base no valor do veículo envolvido.

Fonte: Expansão São Paulo e O Estado de S. Paulo

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