Vôo livre é um esporte radical, com vôo não motorizado, que utiliza as térmicas (atividade térmica e do vento na Camada limite atmosférica) para realizar vôos locais ou de grande distância, possibilitando alterar tanto a velocidade quanto a trajetória, e ainda escolher o local de pouso. O vôo é silencioso. O piloto pode perceber a estrutura espacial e as varições dos vórtices do escoamento atmosférico de maior ou menor dimensão em relação a dimensão da aeronave. Dessa forma distingue-se do paraquedismo, do base-jumping e do balonismo, sendo mais próximo do vôo das aves que plainam durante o movimento de ascensão ou deslocamento helicoidal.
As duas principais modalidades são o parapente e a asa-delta.
A prática de vôo livre feita com asa delta ou parapente foi iniciada por pára-quedistas com a intenção de aumentar a permanência nos céus. Diferente dos outros esportes aéreos que buscam emoção durante o momento da queda, no vôo livre a intenção é subir e permanecer no ar, bem perto do céu. Para que isso aconteça o esportista deve fazer um curso de instrução com aulas práticas e teóricas que ensinam técnicas para reconhecimento de correntes de ar quentes, também chamadas de correntes térmicas. Além disso é necessário saber usar os equipamentos para que se consiga planar suavemente no ar e subir a grandes altitudes.
O equipamento de asa-delta é feito com um tecido especial, bem resistente, que absorve o ar quente fazendo com que o piloto e a estrutura de tubos de alumínio consiga ganhar altura. A grande satisfação dessa modalidade esportiva é saber que os vôos são feitos com o auxílio das forças da natureza que transportam os praticantes a alturas surpreendentes. Os mais treinados conseguem praticar o vôo de “Cross-Country” onde o piloto consegue viajar de uma cidade para outra ou a lugares muito distantes do ponto de decolagem.
Para se fazer um vôo bem sucedido é necessário checar todos os equipamentos seguindo as regras de segurança do esporte. É preciso também analisar as condições climáticas já que em dias de céu nublado ou muito frio os vôos não podem acontecer. Além disso, o uso de equipamentos de segurança como o capacete, cinto e mosquetão são obrigatórios.
O vôo livre pode ser praticado sem a presença de instrutor por homens e mulheres, com mais de 18 anos, que possuam o Certificado de Piloto Desportivo que é dado pelo Departamento de Aviação Civil do Ministério da Aeronáutica. Para quem quer só ter a sensação de voar, o mais indicado é fazer um vôo duplo, onde não é necessário nenhum tipo de preparo ou técnica.
Onde Praticar:
– A 60 quilômetros de Bonito/MS, na Fazenda Serraventura existem duas rampas profissionais de onde partem vôos todos os dias. É que o clima seco e a grande variação de temperatura facilitam a formação das correntes térmicas ideais para o esporte.
– Campos do Jordão, a cidade mais alta do Brasil não poderia ficar de fora. A 19 quilômetros do centro da cidade se encontra o Pico Agudo que oferece condições ideais para a prática de vôo livre, além de oferecer diversas opções de rampa para partida.
– Com um tráfego muito intenso de voadores, a Pedra Bonita, no bairro de São Conrado no Rio de Janeiro/RJ é um dos locais mais procurados por moradores da cidade e do estado.
– O município de Vicência, a 80 quilômetros de Recife se tornou o point do vôo livre em Pernambuco. As rampas se localizam no Pico do Jundiá que tem 350 metros de altura, um verdadeiro achado para quem gosta do esporte.
– Na Serra da Bocaina, na divisa do Rio de Janeiro e São Paulo, bem perto do município de São João do Barreiro/SP existem opções de pista de decolagem e pouso.
– O Morro do Itararé com 180 metros de altitude, a três quilômetros do centro de Santos se tornou ponto de encontro dos paulistas que praticam vôo livre.
Fique Ligado:
* Antes de praticar qualquer esporte é aconselhável que se faça exercícios de alongamento para esquentar os músculos do corpo e evitar lesões durante a prática esportiva.
* Não deixe de levar um cantil com água potável para ingestão. É que nem todos os lugares possuem nascentes de água confiável para o consumo.
* Organize sua mochila sem exageros, leve somente o que for necessário para que fique com volume compacto e peso equilibrado.
* kit de primeiros socorros, canivete, lanterna, roupa extra e uma bússola são muitas vezes essenciais em matas fechadas e de difícil acesso.
Fonte: Wikipedia